5.2.11


Acabo de chegar do cinema. Meus ossos doem, meus músculos estão destensionando-se vagorosamente. Alguns, no entanto, permanecerão tensionados e outros, mais tensos do que quando foram. Milhares de coisas e sentimentos se passam em minha mente. Cisne Negro faz todo sentido, o roteirista e o diretor Darren Aronofsky fizeram um belo trabalho, uma bela parceria. Aliás, não se podia esperar outra coisa, de um diretor que fez Requiem para um sonho. É perfeito. Natalie Portman está, como todos já sabem, realmente ótima no papel.
Mas a verdade é que o close da câmera, o olhar atento do diretor em captar as melhores imagens fazem o filme ser o que é. Além da trilha sonora espetacular que dá o ritmo, o tempo e faz com que o espectador dance junto na trama. E entre no universo da personagem Nina cujo enredo é baseado no seu olhar, no seu universo, e a gente mergulha nele de cabeça! Até o fim. 



Levei um soco no estômago. Adoro ver filmes sobre os quais eu não tenha lido nada, eu não tenha nenhuma expectativa. Os resultados disso, via de regra, são os melhores, com Cisne Negro não foi diferente. Me senti viva, e descoberta nesse filme. Me senti um pouco Nina, com o Cisne Negro. Um belo filme que fala da psique humana, das relações sociais, de poder e dos papéis que nos obrigamos a assumir para  sermos aceitos na sociedade, no núcleo familiar e que, por vezes nos sufocam ou sufocam uma parte importante de nós... 

Nenhum comentário: