26.12.10

Saudades. Tanto tempo distante. Mas ainda não sei bem o que dizer... Você me entende, não é mesmo? Não tenho vontade de falar, talvez a busca pela casa seja a necessidade de encontrar um canto, um refúgio para mim. Estou precisando ficar dentro da casca. Sem falar muito sobre mim. Ok?
Vamos falar sobre você, hoje. Como você está? Como tem sentido a sua vida? Está feliz? Que questões a vida tem apresentado a você? Está apaixonado/a? É sempre bom ter um amor. Certo, entendi. Tudo bem, não precisa ser um homem ou uma mulher, pode ser uma paixão intensa pela vida. Uma vontade tirana de viver apesar de tudo. Uma confiança em tudo, apesar de a vida nem sempre confiar em você.
Hoje, estou como um livro de auto-ajuda. Um tanto sacal... mas vamos lá. Se jogue! Aproveite cada minuto da vida. Aproveite para não fazer nada de vez em quando; daqui a pouco, você vai estar tão comprometido/a com contas para pagar, mulher/marido para cuidar, filho para criar, trabalho para trabalhar todo dia, que não vai sobrar tempo para você rezar, se divertir e de vez em quando, não pensar em nada. Não tenha pressa. E viva aquilo que a vida te traz. Não seja ansioso. Ansioso para quê, Meu Deus?! Logo, logo passa outro trem. Você está na parada, aproveita para respirar, meditar e refletir, enquanto o trem não chega. Aproveite para olhar para o lado, olhar as pessoas que vão embarcar nessa com você. E não se esqueça: encare as pessoas nos olhos! É tão mágico. E flerte! Sempre que puder, é muito gostoso. Permita-se! Mesmo que não dê em nada, você pode ganhar um sorriso de alguém. E algo mágico acontece. 
A vida é feita de pequenos momentos mágicos. Nesse ano de tantos bebês, tantas chegadas. Percebi o quanto os bebês nos conectam ao sentimento de irmandade coletiva. Você vê um bebê na rua e já sorri. Experimente olhar para a mãe do bebê e sorrir também. Algumas se conectam a você e é mágico, você se sente presente, inteira/o parte de todo o Universo! 
Os animais também me causam essa mesma sensação; nem todos sentem isso pelos bichos. Eu sinto. Quando estou com eles, me sinto mais humana e me sinto mais perto da terra e mais perto de Deus. Afinal, falar todas as línguas é divino. Às vezes, fico olhando para meu gatinho e tento entender o que ele diz. Será que ele gosta dessa vida de apartamento? Às vezes vou lá onde ele está dormindo para acordá-lo e deixar a vida dele mais divertida, porque fico realmente pensando que deve ser chato dormir o dia todo. Tem vezes que eu gostaria de estar no seu lugar e não ter nenhuma preocupação e fazer aquelas caras de: "oi tudo bom pessoal, recém acordei, o que tem para eu comer? Alguém pode me pegar no colo? Preciso de um cafuné bem aqui, ó."
Ok, por hoje é só. Vou incomodar um pouco meu gato para ele não achar que a vida é só comer e dormir. Não necessariamente nessa ordem.

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